Bia Haddad única brasileira a entrar na chave principal em Roland Garros

Foto: Matthew Stockman / Getty Images Roland Garros é conhecido por ser o Grand Slam "mais brasileiro" de todos. Além do tricampeonato de Gustavo Kuerten e do título de Marcelo Melo, em 2015, o torneio costuma receber muitos tenistas do Brasil por ser disputado no saibro. Porém, em 2018, apenas uma está garantida na chave principal da competição. Bia Haddad Maia, atual 63ª do ranking da WTA, entrou direto e disputará o torneio pela segunda vez na carreira. No masculino, os jogadores vão precisar passar pelo qualifying.

Voleibol: Brasil joga solto, vence a Holanda e garante classificação para a segunda fase.

Seleção brasileira permanece invicta. Próximo jogo será na madrugada desta terça, contra Porto Rico

Foto: FIVB
Passada a ansiedade demonstrada nos dois primeiros jogos do Campeonato Mundial, o Brasil voltou a ser o Brasil. Com ótima atuação, a seleção feminina de vôlei garantiu a terceira vitória na competição ao superar a Holanda por 3 sets a 0 (25/19, 25/18 e 25/14), em 1h11, neste DOMINGO (31.10), na Hamamatsu Arena, no Japão. Com o resultado, o time do técnico José Roberto Guimarães garantiu a classificação antecipada para a segunda fase do torneio.

A Itália, que derrotou o Quênia por 3 sets a 0 (25/9, 25/7 e 25/21), também assegurou vaga na próxima etapa do Mundial. Holanda, República Tcheca, Porto Rico e Quênia lutam pelas duas vagas restantes no grupo B.

Depois dos jogos contra quenianas (3 sets a 0) e tchecas (3 sets a 2), em que o Brasil venceu, mas não convenceu, a seleção sobrou em quadra e conseguiu uma vitória incontestável sobre as holandesas. Zé Roberto não poupou elogios à equipe após a partida.

"Fizemos um grande jogo. Hoje tudo funcionou bem. Tivemos um bom saque e o bloqueio também teve uma participação extremamente importante. Foram 14 pontos neste fundamento, fora as bolas que foram amortecidas e que nos permitiram contra-atacar com eficiência. Nos preparamos muito para este jogo. A Holanda é uma grande equipe. Tudo o que foi treinado e programado foi bem feito e conseguimos uma excelente vitória", comentou o treinador.

"Nesta primeira fase, focamos a preparação na Holanda e na Itália, nossos adversários mais fortes. Ontem fomos surpreendidos. Não conhecíamos o time da República Tcheca. Além disso, nosso time estava tenso. Hoje tudo foi melhor porque elas relaxaram e fizeram o que sabem: jogaram voleibol com alegria. Se elas se comportarem assim sempre, tudo vai fluir. Podemos ganhar ou perder, mas a postura deve ser essa", completou Zé Roberto.

A oposto Sheilla mais uma vez terminou como a maior pontuadora do jogo, com 13 acertos - 11 de ataque, um de saque e um de bloqueio. A ponteira Natália, com 11 pontos, e as centrais Thaísa e Fabiana, com 10 acertos cada, também merecem destaque. Pela Holanda, a atacante Flier foi a que mais marcou: 12 vezes.

"Hoje o time jogou vibrando e com alegria. É esse o nosso jogo. Agora, temos que manter a concentração para as próximas partidas. No Mundial, cada vitória é importante. Temos que entrar assim contra Porto Rico e Itália", disse a campeã olímpica Sheilla.

Depois das vitorias nos três primeiros jogos, a seleção brasileira folgará nesta SEGUNDA-FEIRA (01.11) e voltará à quadra na TERÇA (02.11), às 2h30 (de Brasília), contra Porto Rico. As TVs Globo e Bandeirantes e o canal Sportv transmitem a partida ao vivo.

Zé Roberto quer encerrar primeira fase com 100% de aproveitamento
O regulamento do Campeonato Mundial diz que todas as seleções carregam para a segunda fase os resultados obtidos na primeira etapa do torneio. A pontuação final, somadas as duas fases, define a classificação para as semifinais. Por isso, para o técnico Zé Roberto, garantir a classificação antecipada para a próxima fase não é o mais importante. O que vale é manter a invencibilidade na etapa inicial.

"Garantimos a classificação, mas não é suficiente. Nosso objetivo é sair desta primeira fase sem derrota. Estamos ligados no que está acontecendo nos outros grupos. Carregamos os resultados para a próxima fase. Por isso, é importante não perder", afirmou o treinador.

Na segunda fase, a seleção brasileira enfrentará os quatro melhores times do grupo C, composto por Estados Unidos, Alemanha, Cuba, Croácia, Casaquistão e Tailândia.

Depois da conversa, vitória com alegria
Nos dois primeiros jogos do Mundial, a seleção brasileira venceu, mas esteve irreconhecível. Sem vibração, a equipe cometeu erros e não conseguiu desenvolver seu melhor voleibol. Cientes disso, a líbero Fabi e a capitã Fabiana, líderes do time, tomaram a iniciativa de marcar uma reunião com todas as jogadoras. A conversa, realizada ontem, surtiu efeito imediato. Na partida de hoje, contra a Holanda, o que se viu foi um outro Brasil em quadra: alegre, vibrante e soberano.

"Tivemos uma conversa ontem à noite. Aquele não era o Brasil. Nós sempre jogamos sorrindo, com alegria. E não foi assim nos dois primeiros jogos. Todas estavam sentindo isso. Mas a Fabiana e a Fabizinha tomaram a iniciativa de reunir todas nós para uma conversa. Foi ótimo. Acertamos tudo e hoje foi show de bola. Espero que o time continue assim para os próximos jogos", comemorou a jovem ponteira Natália, de 21 anos.

Após o jogo, "alegria" foi a palavra mais falada pelas jogadoras nas entrevistas concedidas aos jornalistas. "A equipe toda está de parabéns. O time jogou solto e com alegria. Agora sim estreamos. Dessa forma, o jogo flui e os fundamentos saem. Saque, passe, ataque, bloqueio... hoje tudo funcionou", vibrou a meio de rede Fabiana.

"O time todo jogou bem, com vibração e alegria. Fiquei muito feliz com a partida", completou a levantadora Fabíola, que entrou como titular da equipe. "Hoje eu joguei, amanhã a Dani entra e também ajuda a equipe. O importante é saber que quem estiver em quadra vai estar pronta para ajudar o time", comentou Fabíola.

Para o técnico Zé Roberto, o revezamento entre duas levantadoras jovens é natural. "A Fabíola terminou muito bem a partida de ontem. Entrou e cadenciou mais o jogo, o time ficou mais tranquilo. Hoje o passe ajudou, ela jogou muito bem e cometeu pouquíssimos erros. Mas o importante é poder contar com as duas (Dani Lins e Fabíola) em todos os momentos. São duas levantadoras jovens e que estão crescendo. Elas vão se alternar no time. É natural", concluiu.

O jogo
Superada a ansiedade, a seleção brasileira conseguiu se soltar em quadra e arrasou a Holanda no primeiro set. Eficiente no ataque e no saque, o Brasil chegou ao primeiro tempo técnico com cinco pontos de vantagem: 8/3. Muito bem também no sistema defensivo, as brasileiras ampliaram e chegaram a abrir 21/8. Depois de se irritar com as marcações do árbitro sérvio Dejan Jovanovic, o Brasil cedeu pontos à Holanda, mas fechou a primeira parcial em 25/19.

A equipe brasileira continuou melhor no segundo set e abriu 8/5 em ataque de Fabiana. O time verde e amarelo seguia superior no ataque e no bloqueio. No segundo tempo técnico, o placar apontava 16/11 para o Brasil. Donas do jogo, as brasileiras fecharam a parcial com tranquilidade: 25/18 em ataque da ponteira Natália.

No terceiro set, o panorama se repetiu. O Brasil seguia arrasador. Eficiente no saque, no bloqueio e no ataque, as brasileiras ainda contavam com as falhas no serviço holandês. O time do técnico Zé Roberto não encontrou dificuldades para definir a última parcial: 25/14 em ataque de Sheilla.

EQUIPES
BRASIL - Fabíola, Sheilla, Jaqueline, Natália, Thaísa e Fabiana. Líbero - Fabi
Entraram: Sassá e Joycinha
Técnico - José Roberto Guimarães

HOLANDA - K. Staelens, Huurman, Flier, Staelens, Grothues e Visser. Líbero - Van Tienen
Entraram: Koolhaas, Dijkema, Blom e Kruijf
Técnico - Avital Selinger

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*De Hamamatsu, Priscila Carvalho

Fonte: Assessoria de Imprensa – CBV

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