Bia Haddad única brasileira a entrar na chave principal em Roland Garros

Foto: Matthew Stockman / Getty Images Roland Garros é conhecido por ser o Grand Slam "mais brasileiro" de todos. Além do tricampeonato de Gustavo Kuerten e do título de Marcelo Melo, em 2015, o torneio costuma receber muitos tenistas do Brasil por ser disputado no saibro. Porém, em 2018, apenas uma está garantida na chave principal da competição. Bia Haddad Maia, atual 63ª do ranking da WTA, entrou direto e disputará o torneio pela segunda vez na carreira. No masculino, os jogadores vão precisar passar pelo qualifying.

Natação: As meninas do Peito

Natação: As meninas do Peito
Foto: Divulgação / CBDA 
>> Elas nadam o estilo peito, o mais criticado da natação feminina brasileira. Mas o quarteto fantástico que competirá no Pan Guadalajara está otimista em mudar este quadro como aconteceu com o masculino, hoje detentor de título mundial. Duas disputarão os 100m peito no terceiro dia (17/10) – Tatiane Sakemi e Carolina Mussi – e a que tiver melhor desempenho ainda integrará o revezamento 4x100m medley, no último dia da natação no México, 21/10. As outras – Michele Schmidt e Thamy Ventorin – disputarão os 200m peito no penúltimo dia, 20/10.

Michele Schmidt, do Corinthians, é a mais velha, mas chegou tarde à seleção brasileira. Aos 29 anos, formada em educação física e com duas pós no currículo, esta paulista de Pindamonhagaba nada desde criança, mas só foi se federar aos 18 anos.

- Na minha terra, treinava em academia e tentei nadar em cidades vizinhas, mas não deu muito certo. Só quando fui pra Suzano é que a natação aconteceu comigo. Conheci Fabíola Molina lá atrás, pois São José dos Campos é próxima da minha cidade – disse Michele. Quanto às críticas ao estilo, ela defende sua prova.

- Os 200m peito feminino é chamado por alguns de o mais fraco do Brasil, mas hoje vejo quatro meninas com praticamente a mesma capacidade de bons resultados. Numa competição como o Pan existe muita troca e certamente evoluiremos ainda mais na disputa com nossas adversárias. Não é uma questão de imitar, mas sempre pegamos uma coisa aqui e outra ali, que pode nos ser benéfico no futuro. Sonho alto, mas com pé no chão, que o time do peito feminino vai representar bem o Brasil – concluiu Michele, que tem como objetivo principal em Guadalajara melhorar seu melhor tempo, o da prata no Troféu Maria Lenk deste ano, quando quebrou a barreira dos 2m36, com 2m35s99. A prata no Maria Lenk deste ano foi sua única de 2010 pra cá, já que foi ouro no Maria Lenk 2010 e no Troféu Finkel de 2010 e 2011.

A derrota de Michele no Maria Lenk de maio passado veio para a capixaba Thamy Ventorin, de 24 anos, hoje no Minas Tênis, que marcou 2m35s58 (nota: No Maria Lenk 2011, Thammy e Michelle ficaram atrás da americana Rebecca Soni, que competiu pelo Minas e que conquistou a pontuação da vencedora. Mas por ser estrangeira, a segunda colocada, Thammy, também recebeu a medalha dourada e o título de campeã nacional, e a terceira, Michelle, a prata). Thammy conhece pouco sobre suas adversárias em Guadalajara.

- Conheço mais ou menos as americanas e canadenses, que são as favoritas. As outras são do mesmo nível e as enfrentaremos de igual para igual. Apesar de nunca ter nadado na altitude, fizemos uma boa aclimatação e acredito em melhora de meu próprio tempo – afirmou Thammy.

Já Carolina Mussi, de 23 anos, se vê novamente em boa fase.
- Desde o início do ano não estava achando meu estilão, de bastante apoio e pouca braçada. Agora voltei a me sentir bem, como há muito tempo não acontecia. Inclusive, passei a nadar bem os 200m peito novamente. Apesar de que não disputarei esta prova no Pan, mas sempre que estou bem nos 200m, meu 100m peito cresce – definiu Carol, que gosta de saber somente um pouco de suas rivais.

- Sempre é bom saber um pouco das principais adversárias, até para saber a estratégia. Às vezes, elas nadam forte nos primeiros 50 metros, mas não podemos desesperar, pois elas podem não manter na volta. Geralmente minha passagem não é legal, mas minha volta é boa – concluiu Mussi, que junto com Thamy e Michele são estreantes em Pan.

Já Tatiane Sakemi está num momento de transição na carreira e na vida. A paulista de 25 anos se mudou para Brasília, trocou de técnico e trancou a faculdade de odontologia.

- Me mudei pra Brasília e estou gostando muito. É fácil morar lá, bem tranquila. Conversei com o Ari (Arilson Silva, técnico-chefe do Pinheiros) e juntos resolvemos pela mudança, pois já estava há muito tempo com o mesmo treinador. Mas continuo nadando pelo Pinheiros. Estou me sentindo bem com as mudanças, inclusive na parte física – disse Sakemi, hoje treinada por Antônio Barbosa, o Toninho. Ela analisou o que acha que pode acontecer no Pan 2011.

- Conheço mais a Carol e falando por nós duas, estamos bem focadas nos 100m peito, que hoje é a única prova que venho treinando. Parei de treinar os 50m e os 200m, esta por não me sentir preparada para nada-la e sair bem da piscina. Fico muito cansada após uma prova de 200m peito. Hoje, mais experiente, não quero queimar etapas. Não creio em índice olímpico aqui, mas até a última seletiva, no Troféu Maria Lenk de 2012, sei que tenho chances. Não é impossível. Mas vou indo aos poucos, subindo do cinco para o seis, do seis para o sete, sem pular do seis pro nove. No Pan, não queremos regredir e sei que as americanas e as canadenses, além de uma jamaicana serão as adversárias mais fortes – concluiu Sakemi, que disputou o Pan Rio/2007, no qual ficou em 6º nos 100m peito, em 7º nos 200m peito, e seria bronze no 4x100m medley, que acabou perdendo a medalha devido ao problema com Rebeca Gusmão.

por Souza Santos - Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos

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